QUANTO TEMPO NOS FALTA?

Certo dia, no ano de 1998, encontrei-me com um grande amigo. Enquanto caminhávamos pelas ruas da cidade, combinamos que na noite seguinte nos encontraríamos novamente para sair e conversar. Porém, por algum motivo, eu me esqueci completamente daquele encontro. Na manhã do segundo dia, era ainda bem cedo, e, enquanto dormia, uma pessoa entrou na minha casa, sem bater na porta, gritando desesperadamente: “O seu amigo morreu!!”, referindo-se aquele com quem eu havia combinado de sair e conversar... Eu não acreditava naquilo, como ele poderia estar morto? Nós havíamos conversado em tão pouco tempo, ainda podia me lembrar de sua voz e de suas últimas palavras... Por algum momento fiquei paralisado, depois tomei coragem e fui verificar se aquilo realmente era verdade. Então veio a confirmação: ele estava morto!

Diante daquele fato comecei a pensar em como a nossa vida é curta! Como tudo passa rápido! “Parecia ser ontem, éramos tão crianças, brincávamos juntos, jogávamos bola... E agora ele estava morto!” Então, cheguei à seguinte reflexão: Quanto tempo me falta?... Quanto tempo ainda tenho para viver?... Ainda hoje não encontrei a resposta para essa pergunta, pois, somente Deus sabe do tempo determinado a cada ser humano nessa terra. A palavra de Deus confirma no salmo 103:15-16 - Quanto ao homem, os seus dias são como a relva; como a flor do campo, assim ele floresce; pois, soprando nela o vento, desaparece; e não conhecerá, daí em diante o seu lugar. Sendo assim, a certeza que temos é que vamos morrer e que a vida terrena passa rápido demais! Como já diziam os gregos: “o tempo voa!..”

Pois bem, essa certeza, pode nos levar a outro questionamento: Como temos gastado cada segundo de nossas vidas? Há muitos que gastam grande parte da sua vida dizendo: “Estou matando tempo...” Como se o tempo lhe pertencesse... Outros ficam vendo a vida passar totalmente inertes ou indecisos, e com isso, perdem grandes oportunidades, inclusive a da salvação. E ainda, há aqueles que gastam parte de seu tempo com coisas banais, que não podem trazer nenhum benefício para sua vida espiritual e esquecem daquilo que tem maior importância.

Finalmente, concluo essa reflexão com a seguinte afirmação: “A vida é um dom de Deus”, deste modo, devemos vivê-la da melhor forma, valorizando sempre aquilo que é imprescindível, ou seja, “o servir a Deus”, o “servir ao próximo” e, é claro, “a nossa família”. Devemos gastar cada segundo como se não houvesse amanhã, pois não sabemos quanto tempo ainda nos falta!

Que Deus nos abençoe!

Rev. Marcio Oliari